quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Capítulo 2- Fronteiras

Fronteira de Farun e Aquen, seis anos depois, tarde.
- Entenda, Ayumu. - Nakaruma observava o muro junto ao seu filho de sete anos, um garoto magrelo, de cabelos negros e lisos, e olhos igualmente pretos. - Este muro é o que nos separa dos porcos que moram do outro lado. Nunca deve passá-la, ou causará uma grande guerra, sabe.
- Por quê, pai? - O garoto perguntou.
- Não faça perguntas e não me chame de pai. - Nakaruma respondeu, ríspido. - Sabe que, quando estamos juntos à clero, sou seu rei.
- Sim, magestade, perdão. - o garoto corrigiu, tremendo. Não era dificil o pai dar-lhe umas bordoadas, e queria evitar isto à qualquer custo. Mas aquele muro continuava intrigando-o.
Nakamura falou, atrapalhando os pensamentos secretos do filho.
- Não quero você por aqui, nunca. Aliás, sabe que não quero você fora do castelo sem a minha permissão, como anda ocorrendo. Espero que meu úlimo castigo tenha servido de lição.
Serviu sim. Ficar três dias confinado, sem comer, em seu quarto não fora uma experiência muito boa, na opnião do garoto.
Subiram na carruagem real, que os levou para o castelo.
Aquen, sala de treinos, tarde.
- Lyserg, segure esta espada direito. - Diethel disse, com um toque de desprezo.
Lyserg era seu filho, de sete anos. Olhos e cabelos verdes, branquelo e com uma expressão de pura concentração. O garoto estava com uma espada pesada em mãos, e tentava golpear o pai com ela, mas sua força de criança não permitia força, apenas rapidez.
- Estou tentando, senhor! - Ele disse, alarmado, e recebeu um tapa na cara.
- Olhe como fala comigo, Lyserg. - O pai continuava calmo.
- Perdão, senhor.
- Futuros reis devem saber lutar magnificamente bem. Não será um bom rei se não souber cortar uns pescoços.
- Aprenderei, senhor, eu juro.
Um dia típico na vida do garoto.

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